O livro trata de modo geral, que a essencialidade da
arquitetura está na maneira de agir com o vocabulário tridimensional. Sendo assim, podemos perceber arquitetura como se fosse uma grande escultura.
A arquitetura não é somente um conjunto de medidas, mas sim a essência pela qual essas medidas são tomadas.
Uma planta baixa, não deve ser bela somente no papel. Se isso acontece, todo o restante do conjunto arquitetônico torna-se relativamente pobre.
Em alguns casos o externo condiciona o interno, mas nem sempre é isso que vemos. A diferença entre externo e interno é nítida, e é muito fácil perceber que o invólucro é quase sempre, muito mais enfatizado que o conteúdo.
O livro fala também da existência da quarta dimensão (imagens de um mesmo objeto representado de diversos pontos de vistas para projetar seu conjunto), e explica isso falando que essa quarta dimensão extrapola todas as dimensões de um desenho. Ela esta no que sentimos ao caminhar por uma arquitetura, quando o vazio criado pelos sólidos torna-se também arquitetura, torna-se espaço pensado, espaço projetado.Concluindo, é muito natural que o espaço vazio seja protagonista da arquitetura. A arquitetura vai além dos limites das paredes e das lajes, ela é o cenário onde vivemos nossas vidas.
Texto por Luiz Peterman.
Graduando em Arquitetura e Urbanismo UFJF.
Membro do Grupo de Pesquisa REARQ.
